terça-feira, junho 22, 2004

Gaiman sucks!

E Neil Gaiman finalmente fez o que eu achava impossível. Foi ruim de doer. Nem tudo que ele escreveu anteriormente me agradou, mas 1602 nº 2 ( compilação das edições 3 e quatro da publicação original ) é muito, muito ruim. Quer dizer ... nem seria tão ruim se o escritor fosse um Tom DeFalco ou um Doug Moench, mas para algo que saiu da pena de Gaiman, não vale a pena.

Eu podia justificar esse ponto de vista de um monte de jeitos, mas o mais contundente é a visão do Gaiman sobre o Doutor Destino. Lixo, puro e simples. O segundo maior cientista do universo Marvel, e também segundo maior mago, é retratado de uma maneira infantilóide e ignorante, e, o que é pior, capaz de manter Reed Richards em cárcere privado para lhe roubar as idéias ... Isso já seria problema suficiente se não levássemos em conta que ele é o vilão da trama e até agora esta um passo à frente de todos os outros personagens da trama ... Se ele é uma besta, o que são aqueles que comem em sua mão?

Destino pra mim é aquele que Roger Stern e Mike Mignolla imortalizaram em Triunfo e Tormento. Ele é o cara. Não importa o que você faça, ele controla cada passo seu, ele ganhou qualquer disputa com você antes que ela começasse, e se você pensa diferente, é simplesmente por que ele quis assim. Se você contribui para a realização de seus objetivos, você vive, pode até ser bem tratado ... Mas se você cruzar meu caminho ...

Esse é Destino ... Frio, impessoal, inevitável ...

Esse é o destino de todos ... É o meu e o seu ... Decidimos nossas últimas palavras, talvez, antes mesmo de nascermos, e nem temos consciência disso. Talvez nosso propósito na vida seja apenas ter um neto que mudará o mundo, ou talvez você ensine algo para o neto de alguém que, usando o que você lhe disse, mude o mundo ...

Nós não sabemos ...

Eu não sei, ninguém sabe ... A não ser aquele que puxa as cordinhas ...

Sei lá se isso significa alguma coisa ...