terça-feira, abril 04, 2006

Silent Hill: Que venha o filme, porque os jogos ...

É definitivo, simplesmente não dá. Survivor Horrors não são prá mim. Baixei Silent Hill 2 para PC, que segundo alguns seria o melhor do genêro. Pode até ser. Só que, se isso for verdade, o genêro todo é uma merda sem tamanho.

Vejamos alguns "pobrêmas" do jogo:

* O cara volta para a cidade onde passou bons momentos com a esposa por conta de uma carta que teria sido mandada por ela depois da data de sua morte. Pããããããããããããããããããããã ... Ponto de partida até legal. Só que a explicação para essa história é um fato verossímel, ou que ao menos deveria ser, ou que tenta ser. E a pergunta é, para quê tentar montar uma situação minimamente real em um jogo onde uma cidade foi destacada da realidade, sua população sumiu e foi reposta por estranhos monstros arremedos de corpos femininos? Quer dizer, é como se na metade de "O Exorcista" alguém provasse por A + B que tudo aquilo era loucura da menina, e o filme continuasse na mesma. Quebra o clima de maneira desnecessária, fica forçado, e não convence.

* As personalidades dos personagens parecem ter saído de um livro recusado pela editora de Julia, Sabrina, ZZ7 e outras bodegas. Eles tem muito background, podem até fazerem cara de conteúdo, mas não se enganem; ninguém reage como deveria. Psicopatas vomitando por conta de violência, criações imaginárias conscientes, monstros que apenas ficam parados à sua frente, garotinhas inocentes assassinas, amnésicos eutanásicos altamente controlados e mentalmente estáveis sob pressão ... Um luxo de interpretação.

* O todo poderoso e vilanesco Cabeça de Pirâmede. Tosco! Tosco, tosco, tosco! Mesmo com a execrável controle de todo Survivor Horror, seus encontros com ele são um passeio. Não dá medo algum, e da primeira vez que ele aparece é possível espantá-lo a pauladas. PAULADAS! Cacete, é um monstro disforme e horrendo, vindo direto do Inferno e portando um facão de um metro e oitenta ... e você pode derrotar o bicho com um pedaço de pau?!?!? Ah, fala sério!

* Alta resistência do personagem. Você pode passar horas de jogo sem precisar de um item para recarregar energia. E eles existem aos montes, ao contrário dos monstros que são bem escassos. Bom, ai tem o Hard, ondeos monstros normais não morrem. Ai é só dar olé neles. É, passa reto. Que eles vão fazer, te agarrar? A maioria nem braço tem ...

* E, de novo, a porcaria dos puzzles. Meu Deus, será que é assim tão difícil assim criar um único puzzle que possua lógica e não se baseie em ir e voltar ou advinhar o que se passa na cabeça do programador do jogo? Será que algum dia eu viverei para jogar um jogo onde a chave da casa esta no bolso do paletó do dono da casa e não debaixo da fruteira de uma sala de dentista do outro lado da cidade? Ok, essa ultima não tem no jogo. Seria até possivel alguém esquecer a chave no consultório do dentista e a arrumadeira guardar e tal ... Mas qual a possibilidade de uma chave estar dentro de uma cômoda com trancada por três moedas que se encaixam em 5 cavidades em uma determinada ordem? E quais as chances de cada uma dessas moedas estar em locais aleatórios, e uma delas estar em um saco de lixo engastalhado em um duto, de tal jeito que poderia ser plenamente resolvido com um pedaço de pau ( sua principal arma até então ), mas que necessita de um engradado de latas de refrigerantes simplesmente prá dificultar as coisas?

O clima do jogo é até interessante, mas diferentemente de outros exemplares da série, o enredo é bem chumbrega e não empolga nada. E a papagaiada de trocentos finais prá forçar replay em jogo chato é ainda mais acintosa aqui. Mas vá lá ... espero mais do filme. De jogos do tipo, vou dar uma última chance para Indigo Prophecy. Mas dúvido que isso vá me render algo mais do que a esperança de ver um filme legal algum dia ...

1 Comments:

At 6:43 AM, Blogger Unknown said...

Significa "que dá prá engolir". Tipo, você conta um "causo" muito exagerado, como "pesquei um tubarão duns dois metros no córguinho detrás de casa". Não tem jeito de acreditar num troço desses.

Mas se você mudar alguns detalhes, tipo "Ah, então, nas minhas férias em Santos",a história vai ficando cada vez menos absurda, até um ponto em que você "cai nela", ou, pelo menos, não dúvida tanto assim.

Verossimilhança é importantíssimo para ficção, livros, gibis, etc. Quando algo no gibi ou filme soa verossímil, você termina de ler ou sai do cínema com aquela sensação de que bem que o mundo poderia ser daquele jeito ou a situação que você viu poderia muito bem ser real.

Belê? E quanto a termo difícil ... bem, não é nada profissional esse blog ... mas qdo eu tiver profissional, ai eu vou me policiar mais!

 

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