Fight Song
Velho ... é como me sinto ... É como eu sou?
Distante, isolado, hermético ... Fraco, fracassado, falido, escravo de meus vícios ...
Por que ... eu ... não ... desisto ... ?
Não sei ... não sei mesmo ... Dia desses, nem sei se contei aqui, me chamaram de vencedor por ter saído da depressão.
E quem disse que eu sai ...
Sai?
Venci?
Queria ter certeza disso ... Mas por mais que me digam que eu venci ...
Vem essa apatia ... e eu percebo que eu ainda luto ... todo dia ...
Histórias, mulheres, nada ...
Depois de muito tempo finalmente completei uma história. Quatro partes de 19 páginas cada, e embora tenham gostado, acho que ficou muito mais raso do que meus melhores momentos.
Esquisito ... Mais chato, mais crítico ...
Mais velho ... Mais perto, talvez, do que eu sempre fui, do eu nasci sendo, do que era antes, de nascer, talvez ...
Em todo o caso, sobre as mulheres, cheguei a algumas conclusões.
Ser sincero, gentil, delicado, respeitador e manter uma ereção por mais de uma hora ininterruptamente ainda não é suficiente para algumas mulheres.
Como diz meu irmão, quem brinca com criança acaba mijado. O saco é que eu adoro um golden-shower.
Universo em desencanto
Me decepciono com uma certa facilidade, mas duas decepções recentes foram demais para mim. “Blade, A Lâmina do Imortal” tem estado abaixo da média faz tempo, mas a última edição foi a gota d’água. Hiroaki Samura simplesmente perdeu a vontade de contar a história que criou, e apenas fica colocando coisas que vai achando legais em seqüência, não sabe mais se conta a história do Anotsu, da Rin, da Mugai-Ryu ... O Manji ... bom, ele que fique de canto que ele só da o nome à série ... Defendi muito o início dessa série, e a coisa toda vai muito bem até o encontro da Rin com o Anotsu, mas desanda vergonhosamente depois. Pior, na ultima edição Manji se pergunta de que valeu sua ultima luta, e a conclusão inevitável que ele chega é que não serviu para nada. Nada. Mais da metade das duas ultimas edições da revista que você acompanha não servirão para nada, você jogou seu dinheiro fora ...
Deve ser coisa de artista ... e crítico adora quando artista manda o povo tomar no rabo ... Eu não. Eu procuro olhar as coisas pelos três lados, como crítico, público e autor. E, sob qualquer aspecto, tratar o público com descaso é errado. Chega de Blade pra mim.
Metropolis por outro lado é uma decepção mais difícil de aceitar. Roteiro de Katsuhiro Otomo, baseado em um manga de Ossamu Tezuka, por sua vez baseado em um filme clássico e com o dinheiro da Sony para tocar pra frente. Simplesmente não há como isso ser ruim!
Mas é ... o pior é que Metropolis apesar de todo o culto é muito ruim. Algumas vezes você vê ferramentas clássicas de roteiro, outras vezes elas são ignoradas. Os personagens são surpreendentemente rasos, bastam alguns momentos em cena para cada um para que a personalidade deles fique bem clara, e em mais de um momento parece que todos os envolvidos no anime apostam que apenas o magnífico espetáculo visual basta para guiar a história.
Não é. Um espectador médio, e mesmo a maioria dos fãs de mangá e anime só vão entender completamente a história se tiverem lido a sinopse, e não por culpa deles. Metropolis a todo momento parece dizer “Eu sou para um público restrito”, o que não combina em nada com obviedades como o discurso inicial do Duque Red. E se isso fosse obra de incompetência na realização do anime, tudo bem, seria algo fácil de se aceitar.
Mas, mais uma vez, não é. No primeiro terço do filme, há uma cena magistral onde um burocrata da policia esta carimbando papéis enquanto mal responde as indagações de dois protagonistas. Ele é bem menor que a cadeira em que esta sentado, e ao fundo a uma grande janela aquário, algo estranho e maravilhoso que demonstra bem a relação que a cidade-estado de Metropolis tem com o homem. Lindo, mas esse tipo de cena não é constante no filme.
Metropolis merece ser visto, mas não é nem de longe a obra prima que tanta gente apregoou. Com um pouco menos de hype, eu talvez tivesse curtido mais o filme ... Mas, com grandes expectativas, grandes decepções ...
No Japão a produção de jogos 2D fighting continua. Nem sinal de KOF 2004 no horizonte, mas, ao menos, há uma pequena esperança com Neo Geo Batle Coliseum, KOF 94 Rebout e KOF Neo Wave ... Aonde chegamos ... eu depositando minhas esperanças na série KOF e comemorando ... Bem, ao menos eu vou poder jogar com o Andy Bogard de novo ... e com o Hanzo e Fuma!
No terreno do Game Boy, realmente não dá. A única coisa realmente interessante do console pra quem odeia Pokémon é Megaman Zero ... mas mesmo nesse terceiro as coisas não são um mar de rosas ... Tenho pesadelos em ter que por qualquer razão jogar o segundo de novo, e não consigo ver nenhuma razão para detonar o terceiro e abrir tudo ... quer dizer, terminar completando todas as fases em S perfeito para dois mini games, todas as fases em S só com sabre ou só com o buster para outros dois ... E apesar desse ser o mais fácil da série, o hard mode é realmente hard ... Em outras palavras, mais um que eu vou detonar pela metade ...
Ei, minhas férias estão chegando e eu não tenho nenhum Megaman em vista para detonar! Liberdade! Quem sabe eu produza algo decente ...
E as eleições? Bem, citando o grande jornalista fictício Kent Brockmann, “A democracia simplesmente não funciona”.